domingo, 24 de abril de 2011

Filme do Thor será boicotado por uma turma de racistas



Era só o que faltava, né? Mas é isso aí. A história toda é que o Council of Conservative Citizens (algo como o Conselho dos Cidadãos Conservadores) não quer nem saber do filme do deus do trovão porque o personagem Heimdall é interpretado por Idris Elba, um ator negro. Na mitologia nórdica, o asgardiano é branco. É sério, amigos.


Para ler a matéria completa: O Capacitor - Thor

Não deixem de ler os comentários dos leitores.

 

Boletim da SEMUR - Secretaria Municipal da Reparação

Raça entre classe e espaço:questões sobre a experiência das cotas raciais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro

O Laboratório de Investigações em Desigualdades Sociais - LIDES, juntamente com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - PPGCS, o Programa A Cor da Bahia e o Centro de Estudos Afro-Orientais - CEAO, convidam a todos para a palestra ‘Raça entre classe e espaço’, a ser proferida pelo antropólogo André Cicalo, no dia 29 de abril, às 9:00, na sala de aula do LIDES, localizada no campus de São Lázaro.

Raça entre classe e espaço:questões sobre a experiência das cotas raciais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro

A pesquisa do antropólogo André Cicalo tem por intenção debater, do ponto de vista etnográfico, como "raça” emerge entre discursos de "classe” e "espaço” na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Por determinação de lei específica, tal universidade introduziu cotas raciais com o intuito de favorecer o ingresso de estudantes auto-declarados  "negros”. Nesse contexto, uma pergunta que se continuou a fazer é se o racismo pode ser enfrentado através de medidas que parecem reforçar, na coletividade, a noção de diferenças raciais. Na apresentação aqui proposta, Cicalo argumenta que a diversidade social produzida pelas cotas na UERJ acaba refletindo, mais ou menos fielmente, as tensões sociais e raciais do espaço urbano, ao mesmo tempo em que mostra caminhos interessantes para negociar os contrastes aí presentes.
 
André Cicalo atualmente realiza seu pós-doutorado no Instituto de Estudos Latinoamericanos da Freie Universität de Berlim. Possui doutorado em Antropologia Social pela Universidade de Manchester, Inglaterra, onde realizou uma pesquisa sobre ações afirmativas e desigualdades raciais no Brasil, particularmente no Rio de Janeiro, com uma etnografia focada na implementação do sistema de cotas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

sábado, 23 de abril de 2011

Cadê o Compositor?

Cadê o compositor ?

Onde estão os compositores e poetas que sangram nas entre linhas.
As tantas miséria desgraças da Bahia
Onde mora os poetas e compositores que relatam amores e dores sem ferir a harmonia
Bahia que já foi da mais doce melodia
Cantada nas belas canções, sem necessidade de empinar a bundinha 
Bahia do corpo reverenciado do gozo oculto em cada canto musicado.
Veja e vejam a indústria cultural de forma vil e venal desgraça a mais pura melodia.
Leva tristes compositores e cantores que relaxam na mídia,
Para amargura da musica da Bahia
Baixaria chamada de musica, muitas de único compasso soam como pré-melodia.
Ritmos, que de nada tem de sensual e sim de banal
Perereca anfíbio encontra na natureza, predador natural dos mosquitos,
Na boca destes malditos transforma em vulva desrespeita o ser mulher
Consagrando a elas o nível mais baixo do que o chulé
E por não compreender rebolam sem valor
Há quem aprecie desconhecendo o verdadeiro pagode que não são estas besteirinhas
Acordem e dê acorde, o que vende no modismo, não se internaliza
O compositor só é eterno no todo, quando revela o oculto e vela o exposto.
Que bata outra vez a esperança nos nossos corações parafraseando o compositor cartola.
E só assim então seremos ritmicamente felizes, então harmônicos.
 


Do poeta João Reis (
http://negroreis.blogspot.comn)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Valter da Mata na 5ª Semex - Semana de Extensão da Unit

Conferência: Formação e profissão, a necessidade em reduzir o descompasso.LOCAL: Auditório do Bloco D (Padre Melo) 
DATA: 12 de abril de 2011 (terça-feira)
HORÁRIO: 18h30 
MINISTRANTE: Valter da Mata


Aracaju - SE

Para saber mais: 5ª Semex

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cerveja reincide na discriminação racial e de gênero


Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e demais entidades signatárias vem manifestar seu repúdio e exigir providências públicas cabíveis, somando-se ao Procon Municipal de Vitória (ES) que determinou a retirada da propaganda da Cerveja da marca “Devassa” de uma choperia, e que está publicada na Revista Rolling Stones (Número 51, dezembro de 2010, paginas 6 e 7) e cadernos especiais de jornais, a qual divulga a frase “É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra...Devassa negra encorpada. Estilo dark ale de alta fermentação. Cremosa com aroma de malte torrado”.
A referida frase, que vem acompanhada da imagem de uma mulher negra é explicitamente desrespeitosa em relação a essas mulheres, cujo processo de racismo e discriminação a que estão submetidas historicamente no Brasil é caracterizado, entre outras manifestações, pela veiculação de estereótipos e mitos sobre a sua sexualidade. Uma forma de manter barreiras ao seu processo de inclusão na cidadania como pessoas com iguais direitos.
Esta cultura foi legitimada e legitimadora da escravização a que foi submetido o povo negro trazido da África por quase 500 anos, quando as mulheres negras, desde meninas serviam de iniciação sexual dos brancos, afetando suas vidas, saúde, e violando a sua dignidade como pessoas. Discriminações racial e de gênero se somam tornando a luta das mulheres negras pela igualdade um desafio difícil de ser vencido.
O Brasil é detentor de legislação nacional que tipifica e criminaliza o racismo e as discriminações por gênero e raça, é signatário de documentos internacionais que vedam estas manifestações e protegem os direitos humanos.
Tendo em vista que esta publicidade viola os direitos humanos e a dignidade das mulheres negras, referindo-se ao seu corpo e sua sexualidade, e que a Cervejaria Devassa é reincidente na veiculação de publicidade em que trata mulheres a Rede Nacional Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, apoiada amplamente pelo movimento de mulheres, expressa sua indignação e exige providências do Conselho Nacional de Auto-regulamentação da Publicidade – CONAR, assim como encaminha aos órgãos de defesa dos direitos humanos solicitação de medidas cabíveis.

Líderes da Revolta de Búzios são reconhecidos como heróis!

A presidenta Dilma Rousseff sancionou, em 4 de março último, a Lei 12.391, que determina a inscrição dos nomes dos líderes da Revolta de Búzios no Livro de Aço dos Heróis Nacionais. Enforcados em praça pública, João de Deus do Nascimento, Lucas Dantas de Amorim Torres, Manuel Faustino Santos Lira e Luís Gonzaga das Virgens e Veiga são símbolos do movimento que reviu os ideais de liberdade e igualdade no País.
A Revolta ocorreu em 1798, época em que os princípios iluministas e a independência dos Estados Unidos influenciavam fortemente os ideais libertários dos brasileiros, que contrastavam com a precária condição de vida do povo negro. O grande diferencial do movimento foi a articulação de grupos mais pobres da população baiana para defender propostas que realmente os representassem.
OUTROS PRINCÍPIOS – A conspiração surgiu das discussões promovidas pela Academia dos Renascidos e foi apoiada pelas mais diversas classes sociais, tornando-se um dos primeiros movimentos populares da história do Brasil. Seus princípios eram a emancipação da colônia e a abolição da escravidão; o objetivo, transformar o Brasil numa república democrática. O sonho foi realizado, porém só 147 anos depois.
O Livro de Aço dos Heróis Nacionais, no qual estão registrados os quatro líderes da Revolta, fica exposto permanentemente no Panteão da Pátria e da Liberdade. Para quem deseja visitá-lo, o Panteão fica localizado no Eixo Monumental, Praça dos Três Poderes, na capital do Brasil, onde pode ser visto em qualquer dia da semana (inclusive nos feriados), entre as 9h e 18h.

“Animai-vos, povo bahiense, que está por chegar o tempo feliz da nossa liberdade, o tempo em que seremos todos irmãos, o tempo em que seremos todos iguais” (lema da Revolução de Búzios)

Conheça os heróis da Revolta de Búzios
João de Deus do Nascimento (1761 – 1799)
Filho de mulata alforriada com português, João de Deus nasceu em Salvador. Inconformado com a situação de miséria da colônia, participou de reuniões secretas, juntamente com estudantes, comerciantes, intelectuais, soldados e artesãos. Ao tomar conhecimento da Revolução Francesa, passou a discutir os ideais liberais e as possibilidades de sua aplicação no Brasil.

Lucas Dantas de Amorim Torres ( 1775 – 1799)
Pardo, escravo liberto, soldado e marceneiro, Lucas Dantas foi o responsável pela reunião de representantes das mais diversas classes sociais para debater sobre a liberdade e a independência do povo baiano.

Manuel Faustino Santos Lira (1781 – 1799)
Filho de escrava liberta e pai desconhecido, Manuel Lira também nasceu em Salvador. Foi um dos primeiros suspeitos pela autoria de panfletos anônimos que conclamavam a população a defender a “República Bahiense”.

Luís Gonzaga das Virgens e Veiga (1763 – 1799)
Soldado, negro, Luís Gonzaga das Virgens e Veiga era o mais letrado entre os líderes da revolta. Descendia de portugueses e crioulos. Sentiu e expressou o sentimento de revolta contra o preconceito de cor dominante no seu tempo. Foi autor do mais polêmico manifesto feito durante o movimento.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Racismo Parlamentar

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou nessa quarta-feira (30), em sua página no Twitter, que os africanos são descendentes de um “ancestral amaldiçoado por Noé” e que sobre a África repousam maldições como o paganismo, misérias, doenças e a fome.
“Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”, diz a mensagem postada no perfil do deputado --após a reportagem contatar assessoria de Feliciano, a mensagem foi apagada (veja a reprodução na imagem acima).
Na sequência, Feliciano, que é pastor evangélico e empresário, afirma: “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome...”
Antes, o pastor evangélico disse que a maldição sobre a África supostamente provém do "1º ato de homossexualismo da história". "Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre canaã toca seus descendentes diretos, os africanos", afirmou também.
Em entrevista por telefone, Feliciano disse que as mensagens foram publicadas por assessores, sem a sua aprovação. O parlamentar afirmou também que não considera as mensagens racistas. "Não foi racista. É uma questão teológica", disse. "O caso do continente africano é sui generis: quase todas as seitas satânicas, de vodu, são oriundas de lá. Essas doenças, como a Aids, são todas provenientes da África", acrescentou.
Hoje, quase 20h depois das declarações, o deputado negou ser racista também no Twitter. "Tenho raízes negras como todos os brasileiros. Bem como dos índios e também europeus! Rejeito essas calunias infames! Aqui não seus desalmados", disse Feliciano.
Marco Feliciano foi eleito deputado federal nas eleições do ano passado, com mais de 211 mil votos, e diz ter 30 mil seguidores no Twitter. "Sou afrodescendente, meu nariz é largo, meu cabelo é crespo. Tenho apoio do líder do movimento dos negros, pastor Albert Silva, de São Paulo", defendeu-se.
Albert Silva, no entanto, nega que apóie Feliciano e discorda das opiniões do parlamentar. "As considerações dele são de foro íntimo. Como pastor negro e militante do movimento negro, eu considero um absurdo essa visão teológica do deputado. Viola o sentido explícito do relato bíblico", afirma.
No perfil do deputado no Twitter, há também várias mensagens direcionadas a homossexuais.  O deputado afirma que vários internautas da comunidade gay o perseguem e convoca os “cristãos” a despejarem mensagens nas páginas de seus críticos. Em seguida, o parlamentar listou uma série de usuários do Twitter que supostamente o atacam.