Feliz 2011. Que o ano novo seja repleto de realizações.
Espaço dedicado ao estudo da Psicologia, Racismo, Preconceito e assuntos afins. Aqui você encontrará artigos científicos, dicas de eventos, indicação de livros e toda sorte de informação que auxilie no estudo da interface entre a Psicologia e as Relações Raciais.
domingo, 26 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Seminário Nacional da Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens
Começa nesta quinta-feira (16/12), em Salvador-BA, o Seminário Nacional da Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens. Até domingo (19/12), o evento vai reunir representantes de vários estados para aprofundar a temática sobre juventude e planejar novas ações contra as estatísticas que apontam os jovens como as principais vítimas da violência no Brasil.
Lançada em novembro de 2009, a Campanha é uma iniciativa das Pastorais da Juventude do Brasil, com o apoio do Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para debater as diversas formas de violência praticadas contra a juventude, denunciar o extermínio de milhares de jovens no Brasil e desencadear ações que possam mudar a realidade.
Mais de 30 mil homicídios
Com uma taxa de até 51,7 homicídios para cada 100 mil, o Brasil é o 3º país com mais assassinatos de jovens no mundo, atrás de Colômbia e Venezuela. A conclusão consta do estudo Mapa da Violência 2010 – Anatomia dos Homicídios no Brasil, divulgado pelo Instituto Sangari.
Segundo relatório da Ritla - Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, no Brasil morrem por dia, em média, 54 jovens vítimas de homicídio. Um estudo inédito divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos estima que 33.504 adolescentes e jovens brasileiros serão assassinados em um período de sete anos, que vai de 2006 a 2013.
Relatório da ONU publicado em 2006 revela que em cada grupo de dez jovens de 15 a 18 anos assassinados no Brasil, sete são negros. Mais de uma em cada cinco pessoas da população jovem não estuda nem trabalha.
Data: 16 a 19 de dezembro
Local: Casa de Retiro Dom Amando
Avenida Aliomar Baleeiro, KM 65, Nova Brasília, Salvador-BA
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Jaime Sodré lança novo livro
É amanhã.
Ir além das aparências é o convite que Da diabolização à divinização faz ao leitor. Resultado de um minucioso trabalho de investigação do autor, objetiva revelar alguns dos modos de construção e consolidação das representações sociais, que levaram a corporificar formas de diabolização da mulher, do negro e, extensivamente, do afrodescendente. Tem como cerne a concepção binária do bem e do mal, originadora de imagens mentais, verbais e visuais, atuando no plano do imediato e do empírico, possibilitando a produção e interiorização de estereótipos e preconceitos que fizeram surgir práticas danosas e ainda muito presentes no nosso cotidiano.
Para isso, usa como estratégia mostrar o surgimento e a propagação da concepção do mal desde os primórdios cristãos, com a ideia de demônio, além de explicar o papel da arte e da ciência na formação dessas representações construtoras do senso comum. O texto ainda narra como essas idealizações negativas incidem marcadamente na religiosidade, principalmente a de matriz africana, apontada como fetichista, direcionada sobremaneira ao candomblé. Assim, este livro se constitui de fundamental importância para os estudiosos das representações sociais, e todos aqueles interessados em refletir, entender e quebrar os paradigmas da história.
SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro Da diabolização à divinização: a criação do senso comum, de Jaime Sodré
Quando: 15 de dezembro de 2010, a partir das 17h30
Onde: Restaurante Aconchego da Zuzu, Rua Quintino Bocaúiva, nº 18, Garcia (Fim de linha)
Preço do livro: R$ 28,00
Preço do livro (Lançamento): R$ 25,00
Informações técnicas
ISBN: 978-85-232-07
Número de páginas: 109
Formato: 16 x 23 cm
Ano: 2010
Será lançado no próximo dia 15, a partir das 18 horas, o livro Da diabolização à divinização: a criação do senso comum, de Jaime Sodré. A publicação, da Editora da Universidade Federal da Bahia, terá o lançamento realizado no Restaurante Aconchego da Zuzu, ponto de encontro de artistas e intelectuais baianos, localizado no fim de linha do Garcia.
Jaime Sodré
Ir além das aparências é o convite que Da diabolização à divinização faz ao leitor. Resultado de um minucioso trabalho de investigação do autor, objetiva revelar alguns dos modos de construção e consolidação das representações sociais, que levaram a corporificar formas de diabolização da mulher, do negro e, extensivamente, do afrodescendente. Tem como cerne a concepção binária do bem e do mal, originadora de imagens mentais, verbais e visuais, atuando no plano do imediato e do empírico, possibilitando a produção e interiorização de estereótipos e preconceitos que fizeram surgir práticas danosas e ainda muito presentes no nosso cotidiano.
Para isso, usa como estratégia mostrar o surgimento e a propagação da concepção do mal desde os primórdios cristãos, com a ideia de demônio, além de explicar o papel da arte e da ciência na formação dessas representações construtoras do senso comum. O texto ainda narra como essas idealizações negativas incidem marcadamente na religiosidade, principalmente a de matriz africana, apontada como fetichista, direcionada sobremaneira ao candomblé. Assim, este livro se constitui de fundamental importância para os estudiosos das representações sociais, e todos aqueles interessados em refletir, entender e quebrar os paradigmas da história.
SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro Da diabolização à divinização: a criação do senso comum, de Jaime Sodré
Quando: 15 de dezembro de 2010, a partir das 17h30
Onde: Restaurante Aconchego da Zuzu, Rua Quintino Bocaúiva, nº 18, Garcia (Fim de linha)
Preço do livro: R$ 28,00
Preço do livro (Lançamento): R$ 25,00
Informações técnicas
ISBN: 978-85-232-07
Número de páginas: 109
Formato: 16 x 23 cm
Ano: 2010
História Geral da África
Contribuição: Altair Paim
Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.
Download gratuito (somente na versão em português):
- Volume I: Metodologia e Pré-História da África (PDF, 8.8 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-123-5
- Volume II: África Antiga (PDF, 11.5 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-124-2
- Volume III: África do século VII ao XI (PDF, 9.6 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-125-9
- Volume IV: África do século XII ao XVI (PDF, 9.3 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-126-6
- Volume V: África do século XVI ao XVIII (PDF, 18.2 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-127-3
- Volume VI: África do século XIX à década de 1880 (PDF, 10.3 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-128-0
- Volume VII: África sob dominação colonial, 1880-1935 (9.6 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-129-7
- Volume VIII: África desde 1935 (9.9 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-130-3
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Quem é Luiza Bairros
Luiza Helena de Bairros nasceu a 27 de março de 1953 em Porto Alegre (RS). Filha do militar Carlos Silveira de Bairros e da dona de casa Celina Maria de Bairros. Sempre foi estimulada pelos pais quanto a sua formação. Não causou estranheza a seus familiares quando começou a envolver-se com as questões raciais, pois no período de colégio sempre fazia parte de grêmios e na universidade pertencia a diretórios acadêmicos, demonstrando um forte interesse pela militância estudantil. E foi na universidade, a partir de um amigo participante do diretório acadêmico, que teve seu primeiro contato com informações sobre os movimentos sociais americanos e ao conhecer o material dos Panteras Negras, ficou ainda mais entusiasmada com o caminho que estava traçando para sua luta política.
No início de 1979, participa da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ocorrida em Fortaleza. Foi impactada pela presença de inúmeros integrantes do Movimento Negro de várias regiões brasileiras, quando trava um contato mais próximo com o pessoal do Movimento Negro Unificado da Bahia e resolve muda-se para Salvador, no mês de agosto do mesmo ano.
Bacharel em Administração Pública e Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com conclusão em 1975; Especialista em Planejamento Regional pela Universidade Federal do Ceará concluindo em 1979; Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Sociologia pela Michigan State University no ano de 1997.
Com toda esta qualificação trabalhou entre 2001 a 2003 no programa das nações Unidas para o Desenvolvimento/PNUD na coordenação de ações interagenciais e de projetos no processo de preparação e acompanhamento da III Conferência Mundial Contra o Racismo – relação Agências Internacionais/Governo/Sociedade Civil. Entre 2003 a 2005 trabalhou no Ministério do Governo Britânico para o Desenvolvimento Internacional – DFID, na pré-implementação do Programa de Combate ao Racismo Institucional para os Estados de Pernambuco e Bahia. Entre 2005 a 2007 foi consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, para questões de gênero e raça como coordenadora do programa de combate ao Racismo Institucional – PCRI na Prefeitura da Cidade do Recife, Prefeitura Municipal de Salvador e Ministério Público de Pernambuco.
Entre 1976 e início da década de 1990 esteve envolvida em pesquisas relevantes para o conhecimento e combate do racismo no Brasil e nas Américas, como por exemplo sua participação na coordenação da pesquisa do Projeto Raça e Democracia nas Américas: Brasil e Estados Unidos. Uma cooperação entre CRH e a National Conference of Black Political Scientists/NCOBPS.
Enquanto docente trabalhou na Universidade Católica de Salvador, Universidade Federal da Bahia/UFBA, dentre outras. Foi organizadora de alguns livros memoráveis e autora de vários artigos e dossiês. Coordenou diversos eventos na área do combate a discriminação racial.
Dona de uma trajetória respeitável, Luiza é reconhecida como uma das principais lideranças do movimento negro no País. Faz parte dos grupos de estudiosas/os e ativistas que contribuem e lutam para a superação do racismo e sexismo e esteve nas últimas décadas à frente de inúmeras iniciativas de afirmação da identidade negra na sociedade brasileira.
Pesquisadora na área de políticas públicas para população afro descendente, sempre trabalhou em prol da redefinição de novos caminhos para as mulheres negras, apresentando e sugerindo propostas em políticas voltadas para a igualdade racial e de gênero. Coroando esta trajetória no dia 8 de agosto de 2008 tomou posse como titular da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Bahia - Sepromi.
Foto: Agecom/Gov. da Bahia
Luiza Bairros é Convidada para Assumir a SEPPIR
A presidente eleita Dilma Rousseff vai anunciar nos próximos dias a indicação da socióloga Luíza Bairros, atual titular da Secretaria de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia (Sepromi), para nova ministra da Igualdade Racial.
De acordo com as agências Globo e Folhapress, Luíza já aceitou o convite feito por Dilma, mas a atual secretária prefere não comentar o assunto enquanto não houver o anúncio oficial. Negra, 57 anos, Luíza é gaúcha, mas vive há mais de duas décadas em Salvador, onde destacou-se por sua militância no Movimento Negro.
De acordo com as agências Globo e Folhapress, Luíza já aceitou o convite feito por Dilma, mas a atual secretária prefere não comentar o assunto enquanto não houver o anúncio oficial. Negra, 57 anos, Luíza é gaúcha, mas vive há mais de duas décadas em Salvador, onde destacou-se por sua militância no Movimento Negro.
Luiza Bairros
Em agosto de 2008, assumiu a Sepromi, órgão criado pelo governo Wagner em 2006 para desenvolver políticas públicas para os afrodescendentes. A notícia da indicação foi recebida com entusiasmo por líderes de movimentos negros. “Concordo com a escolha, Luíza é competente, negra assumida e tem boa capacidade de gestão. Além disso é uma mulher de atitude. Na hora de divergir, diverge, não tem medo de defender seu ponto de vista”, elogia Vovô, fundador do bloco Ilê Aiyê.
Ele conhece Luíza desde os tempos de militância e conta que já teve até alguns desentendimentos com a futura ministra, mas nada de muito relevante: “Tudo em favor do crescimento do negro”, destaca.
Para a socióloga Paula Barreto, coordenadora do Centro de Estudos Afro-orientais da Ufba, a escolha de Dilma para a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) foi “excelente”. “Bairros tem uma longa história de militância, é respeitada nacionalmente e, à frente da Sepromi, tem adquirido experiência de gestão. Além do mais, ela também é uma militante feminista”, defende.
Entusiasmado mesmo ficou seu colega de instituição e militante fervoroso do movimento negro, Fernando Conceição. “Já dei pulos de alegria aqui. Essa foi a melhor notícia de 2010”, comemorou. Para ele, Luíza é uma das mulheres intelectualmente mais preparadas para levantar a discussão em favor do negro, por sua formação acadêmica (ela é socióloga), além da longa trajetória de militância.
“Não só os negros, mas a sociedade brasileira só tema ganhar com essa escolha”, completa. Bartolomeu Dias da Cruz, presidente do Núcleo OMI-DUDU, ONG de apoio às causas negras, foi surpreendido pela notícia da nomeação de Luiza para o ministério de Dilma. “Isso representa o avanço da mulher negra na política. Infelizmente, pelo histórico de racismo e exclusão, temos poucas pessoas preparadas, atualmente”, lamenta. Para ele, a falta de dinheiro atrapalhou a gestão de Luíza na Sepromi e o comando do ministério será um novo desafio.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Boas Novas
Gostaria de compartilhar com todas e todos vocês a notícia da aprovação para o Doutorado em Psicologia do Prof. Ms. Altair Paim, meu amigo e compadre.
Altair Paim estuda o tema da Psicologia e Relações Raciais desde o ano 2000. Fundou juntamente a Valter da Mata e Valdísia da Mata o NEIPAD - Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica para Afrodescentes no ano de 2001. Militante engajado, criou juntamente ao Pe. Gabriel Filho e outros amigos o Quilombo Educacional Milton Santos no bairro do IAPI.
Ele também é colaborador do Grupo de Trabalho de Psicologia e Relações Raciais do Conselho Regional de Psicologia da Bahia.
Os psicólogos Vivaldo Gomes, Valter da Mata e Altair Paim
Altair Paim é autor da dissertação de mestrado "APARÊNCIA FÍSICA, ESTEREÓTIPOS E INSERÇÃO PROFISSIONAL: UM ESTUDO SOBRE A PROFISSÃO DE SECRETÁRIO EXECUTIVO SEGUNDO A PERCEPÇÃO DAS ESTUDANTES DE SECRETARIADO", já disponibilizada nesse blog.
Parabéns Altair! Que essa sua vitória nos sirva mais uma vez de referência.
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